Escala de abate de 5 a 7 dias, influencia no aumento do preço.
No Dia Nacional da Pecuária, setor abre a semana com alta nos preços do arroba do boi gordo. O estado com registro de maior valor para comercialização da carne bovina é São Paulo que atingiu R$300,00, seguido do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Apesar disso, a escala de abate em todo o mundo segue apertada sem crescimentos, variando de 5 a 7 dias, ponto que favorece o aumento nos preços encontrados na praça de todo o Brasil.
A demanda interna tem crescido e deve ser ainda mais impulsionada pelas festas e feriados no final do ano. Além disso, a demanda externa também apresenta crescimento, registrando 3,19 milhões de cabeças abatidas, um recorde para setembro de 2024, segundo o Safras & Mercado.
Segundo a Apex Brasil, em exportação foram registrados 286.750 toneladas, totalizando US$ 1,258 bilhão de faturamento para o Brasil. Isso porque o País segue sendo o maior produtor de carne bovina do mundo, encarado como referência na produção e segurança alimentar.
Segundo a Abrafrigo, três países entraram para os 20 maiores importadores de carne bovina do Brasil, entre eles, Argélia, México e Turquia. Totalizando 108.646 mil toneladas de embarques apenas para esses países.
Febre Aftosa
A febre aftosa, doença altamente viral e contagiosa que afeta principalmente bovinos, suínos, ovinos e caprinos, é uma grande preocupação dos pecuaristas em todo Brasil.
Isso porque, apesar de não levar à morte em 100% dos casos, pode reduzir a produtividade de leite e a rentabilidade da carne. O último registro de caso foi em 2006 e desde então o País busca erradicar a doença.
Com isso, o Brasil atinge um marco no mercado agropecuário, elevando seu quadro sanitário de animais e transformando restrições em oportunidades. Já que em maio de 2024, o governo federal declarou que o Brasil é um país livre de febre aftosa sem vacinação.
A última campanha de vacinação foi realizada e agora mercados como Japão e Coreia do Sul, importantes no cenário internacional e grandes remuneradores, podem se abrir para importação dos produtos animais brasileiros.
Demanda interna de carne bovina
Por outro lado, a demanda interna para comercialização de carne bovina é um tanto fragilizada. E deve seguir assim até o próximo ano, uma vez que com a alta nos preços, a compra do produto se torna inviável para algumas famílias.
O que não será prejudicial ou impactará consideravelmente o mercado, afinal a comercialização de outras carnes, como suínas e de frango, devem crescer por seu valor mais baixo internamente.
Mercado Global
O arroba brasileiro de boi gordo ainda pode ser considerado o maior e mais atrativo no mercado global.
Porém, com o constante crescimento no preço ofertado, uma estratégia do mercado é a baixa na compra, com os frigoríficos tentando segurar os preços com pausa nas atividades, segundo analista da Safras & Mercado.