Detecção recorrente traz preocupação com as perdas.

Em média, são cerca de 10% do total de grãos produzidos no Brasil, perdidos por ano. Isso como consequência de pragas em armazenadoras que ameaçam a entrega dos grãos, tanto para comercialização quanto para consumo interno do País.
As pragas de armazenagem podem ser divididas em dois grupos: Primárias, sendo responsáveis por grãos e sementes sadias. Essas pragas se alimentam do interior do grão ou então, danificando a casca, permitindo que outros “bichos” entrem em contato com o produto.
Outro grupo são as pragas secundárias, estas se alimentam dos grãos e das sementes já danificadas, seja por quebra ou por buracos causados pelas pragas primárias.
As pragas mais comuns são: Gorgulho dos Cereais (Sitophilus spp.), Broca dos Cereais (Prostephanus truncatus), Besouro de Cereais (Rhyzopertha dominica), Traça dos Cereais (Sitotroga cerealella), Caruncho do Feijão (Callosobruchus maculatus), Escaravelho do Milho (Cryptolestes ferrugineus), Tribolium castaneum (Besouro do Farinha).
E as causas geralmente se devem às condições inadequadas de estocagem e armazenamento. A falta de limpeza e fumigação são dois fatores que afetam, assim como, a falta de monitoramento e a temperatura/ventilação do ambiente.
Capacidade de armazenagem
A capacidade de armazenamento varia de acordo com o estado e muitos fatores de interferência. Entre eles o estoque prolongado dos grãos que aguardam a venda com melhores cotações do produto.
Além disso, a própria capacidade do silo ou da unidade, interferindo nas condições a que os grãos são submetidos nesta etapa da comercialização.
No segundo semestre de 2023, a capacidade de armazenagem cresceu 4,7% em todo o Brasil, tendo espaço para 210,9 milhões de toneladas, segundo o IBGE.
No entanto, apenas para produção total da safra 2023/24 foram contabilizados 299,27 milhões de toneladas, um déficit de 30%. Com uma detecção recorrente neste cenário, a preocupação com as perdas, sejam elas qualitativas ou quantitativas, também são frequentes.