Contrato entre a indiana PI Industries e a americana Plant Health Care (PHC) de 32,8 milhões de libras.
2024 foi impulsionado pelo investimento em diferentes setores do agronegócio, entre eles insumos e armazenagem que apresentaram déficit ao longo do ano.
O mercado de bioinsumos do Brasil terá uma forte influência com a negociação milionária do setor neste segundo semestre. Um contrato entre a indiana PI Industries e a americana Plant Health Care (PHC) de 32,8 milhões de libras movimentou o direcionamento da marca.
A mudança será na oferta de produtos e no público destinado. Na Índia a PI atua com venda para indústrias, no mercado B2B. No Brasil a intenção é de que a atuação da PHC seja a base para um mercado de maior valor agregado e que passe a comercializar os produtos junto com os distribuidores de insumos.
A ideia é que as tecnologias e produções de bioinsumos usadas pela empresa americana, sejam os investimentos destinados ao Brasil que atualmente é um dos maiores produtores agrícolas do mundo.
Este investimento deve movimentar um mercado em crescimento no País. No Brasil os estados do Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e São Paulo são os maiores consumidores de bioinsumos, com uso de 33,4%, 13% e 9% do total, respectivamente.
O País é um grande investidor e incentivador da adoção do produto às produções brasileiras. Nos últimos três anos houve crescimento de em média 21% por ano. Um percentual quatro vezes maior do que o crescimento mundial, segundo a Blink/Croplife Brasil.
Além disso, o bioinsumo é destinado em 55% para cultura de soja, 27% para plantio de milho, 12% para a cultura de cana-de-açúcar e 6% para o plantio de algodão e hortifruti.
No mundo o crescimento até 2032 está estimado em 13% e 14%, resultando em US$45 bilhões, segundo o Croplife Brasil.
Armazenagem
Quando o assunto é logística e armazenagem de grãos, grandes cooperativas agrícolas do Brasil estão destinando seus investimentos para a expansão das indústrias. São cerca de 7,4 bilhões, segundo dados do Valor Data.
A Copasul, cooperativa agrícola, expandiu a capacidade de armazenagem e também a capacidade produtiva em 1,4 bilhão, podendo processar até 988 mil toneladas por ano de soja.
Segundo a ABIMAQ, os investimentos de empresas e indústrias para 2024, no geral, se destinam para modernização de tecnologias. Além disso, o foco também está na ampliação da capacidade da fábrica/indústria, reposição de equipamentos e demais investimentos.
