Até 2030 estima-se que este ambiente global gere U$50 bilhões, segundo estimativas da MCKinsey.
Em 2021, a agropecuária foi responsável por 24% do total da emissão de carbono no Brasil, enquanto o uso de terras e florestas alcançou 49%. O setor é um dos principais responsáveis pelas emissões, advindo da digestão dos animais, que emitem metano e da queima e manejo de alguns cultivos.
Regulamentações e programas são desenvolvidos para favorecer empresas que atuam de forma positiva na redução de emissões de gases do efeito estufa. No entanto, geralmente, essas políticas são voltadas para grandes empresários e produtores rurais.
Pensando neste mercado, a Tero Carbon, verificadora e certificadora de projetos de carbono, entrou em projetos na Amazônia e no Cerrado Mineiro visando integrar pequenos e médios produtores rurais ao mercado do carbono. Ambiente que segundo o CEO, Fabricio Higuchi, esses proprietários não possuem acesso.
O objetivo da startup é atuar como intermediária no processo de compra e venda de carbono. Oferecendo a certificação de projetos pequenos e médios e atuando com uma metodologia de entendimento das propriedades brasileiras. Uma vez que os projetos do País, são baseados também em aspectos exteriores e não tropicais.
No ano passado, 2023, a regulamentação do mercado de carbono no Brasil foi aprovada. No entanto, o setor agropecuário foi deixado de lado pelo termo, mesmo com o grande índice de emissões, por falta de ferramentas exatas do cálculo.
Dos proprietários rurais ainda é exigido realizar a manutenção da APP (Área de Preservação Permanente) e reservas legais, conforme o Código Florestal, e para aqueles que o fizerem, haverá geração de créditos de carbono.
Mercado Internacional de Carbono
Por seu tamanho territorial, o Brasil possui grande potencial no mercado de carbono internacional. Dessa forma, visando oportunidades no reflorestamento, redução do desmatamento. Além de sistemas regenerativos agroflorestais que contribuem para a remoção dos gases do efeito estufa.
A longo prazo o País poderá liderar o mercado de carbono e ainda zerar suas emissões até 2050, desde que esteja em conformidade com o Acordo de Paris. Até 2030 estima-se que este ambiente global gere U$50 bilhões, segundo estimativas da MCKinsey.
Tendo o Brasil 15% do potencial global de captura do carbono, o País representará um grande ativo para essa demanda, desde que atue com um mercado regulado.