Setor pecuário apresenta tração em diferentes mercados e expande crescimento da carne animal em 2024
A digitalização da pecuária ainda é tardia. No entanto, neste ano, diferentes startups e empresas focadas na carne animal têm buscado avançar em termos de tecnologia. Isso só é possível, com incentivos públicos e programas facilitando a gestão do manejo.
Além do “Smartwatch das vacas”, tecnologia informada pela PwC Brasil, outras tecnologias como o aplicativo da JetBov entraram em pauta este ano. A plataforma criada ainda em 2015, reconheceu uma tração de mercado em 2024. Dessa forma, desenvolveu relatórios completos para assinantes. Além de controle de estoque, inventário de animais, gestão de equipes e até mesmo uma IA para sanar dúvidas de gestão e manejo.
Outra startup com tecnologia voltada à sustentabilidade na produção de carne animal é a ESG Pec. Empresa que apresenta uma retomada do olhar para o meio ambiente, calculando a pegada de carbono gerado na produção de leite.
Essa plataforma auxilia produtores na eficiência produtiva e econômica da propriedade levando maior rentabilidade para o campo. E ainda, pode gerar oportunidades de remuneração, facilitando o acesso a financiamentos.
Não apenas no setor da carne bovina, mas também na produção de aves e porcos, a tecnologia vem ao encontro dos produtores com objetivo de facilitar o dia a dia no campo. Assim como tem feito na agricultura.
Baixos custos na pecuária
Com o crescimento de 3,9% na produção das três principais carnes no Brasil, em comparação com o mesmo período de 2023, o panorama é de altas expectativas dentro do setor. Ainda mais quando o custo de produção tem quedas significativas.
O milho, principal ingrediente da ração pecuária, apresentou queda de 12,11% nas cotações, segundo o ICAP. Aspecto que incentiva a produção de gado e torna o setor mais animado, quando o assunto é o sistema intensivo, já que são condições proporcionais.
Exportações de carne animal
As três principais carnes produzidas no País, bovina, suína e frango, devem chegar a uma produção de 30,88 milhões de toneladas em 2024.
No Brasil, a carne animal que mais se destaca é o frango com cerca de 15,1 milhões de toneladas. Sendo o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul os maiores produtores. Assim como, a carne suína que corresponderá a cerca de 5,5 milhões de toneladas.
A projeção para 2024 da produção bovina é de cerca de 11 milhões de toneladas, sendo Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás os maiores estados produtores no País.
Já nas exportações de carne animal, apesar da paralisação do frango neste mês, julho, a expectativa é que o mercado continue crescendo no segundo semestre, com cerca de US$ 9,85 bilhões de arrecadação em 2024.
Esse valor corresponde à desvalorização cambial que torna a carne animal brasileira mais atrativa para o mercado externo. Países como China, Japão, México e Filipinas proporcionam maior estabilidade nas exportações. A alta demanda, também tem relação com maior necessidade interna, principalmente no consumo de frango e porco.