A queda da soja no mercado internacional é reflexo de acordos, taxações e grande volume de ofertas.
O mês de novembro não tem sido um cenário positivo para a soja. Após três semanas de aberturas e fechamentos em queda, a perspectiva para o fechamento da semana não é diferente.
Cerca de 1,5% de queda desde o início do mês de novembro foi o que apresentou a bolsa do grão em Chicago.
Essa queda consecutiva é reflexo de um mercado instável. Primeiro pela expectativa de produção da safra brasileira em 169 milhões de toneladas do grão. Gerando alta oferta no mercado global.
Em segundo lugar, alta do dólar com a decisão eleitoral para presidência. Este também deve ser um ponto de incertezas do mercado, uma vez que há um possível cenário com maiores taxações internacionais e menos incentivo na produção de biocombustíveis.
A queda nos subprodutos como farelo e óleo de soja, também influenciam nos preços mais baixos dos grãos. Nestes produtos, cerca de 2% de queda foram apresentados.
As colheitas volumosas dos EUA e as boas condições de plantio no Brasil, influenciam diretamente nos preços em Chicago.
Além disso, a preocupação também gira em torno dos acordos entre Brasil e China, com laços estreitados no G20 nesta semana. A perspectiva é que apesar da grande oferta da soja americana, a China passe a importar produtos brasileiros com maior intensidade.
Preços nacionais da soja
No Brasil o cenário se apresenta outro. Com preços estáveis e prêmios de exportações positivos, o mercado segue aquecido. No Porto de Paranaguá, por exemplo, a cotação da soja permanece entre R$140,00 e R$143,00/sc, segundo dados do Agrolink.
Nos portos, os prêmios para exportações também estão positivos, com +1,40 US$/Bu no mês de novembro.