Eleição de Trump e o agronegócio internacional

O Brasil poderá se beneficiar com a volta da guerra comercial entre China e EUA

Na última terça-feira (05), os Estados Unidos decidiram seu presidente em uma corrida eleitoral de fortes oposições e desafios. Sendo o País, o segundo maior produtor de commodities do mundo, o agronegócio mundial deve sofrer mudanças de cenário.

Para o novo presidente, Donald Trump, o discurso para o agronegócio americano é de priorização da própria produção. Com revisão de regulamentações ambientais, restrições tarifárias para o setor, impostos e incentivos para restaurar as cadeias de suprimentos.

Além disso, projeta um amplo apoio ao comércio e a ampliação das exportações agrícolas do País. 

Mercado de soja

Atualmente a China é um importante país para exportação de produtos agrícolas americanos. Segundo estimativas da USDA, para exportação de grãos para o Oriente o mercado apresentou queda de 25% em relação ao ano de 2023.

A USDA estima para a safra americana de soja 2024/25, um montante de 4,589 bilhões de bushels, ou seja, cerca de 125 milhões de toneladas. No Brasil, a produção esperada é ainda maior, com aproximadamente 170 milhões de toneladas.

Avaliando sob essa perspectiva, o Brasil segue na liderança mundial da produção dessa commodity. Sendo um dos aspectos positivos no cenário mundial, as eleições presidenciais americanas não devem prejudicar de forma direta o Brasil. 

O Brasil como maior produtor de soja do mundo, se tornou importante player para a compra de soja da China. A China por sua vez, na tentativa de reduzir a dependência de produtos agrícolas dos EUA, passaram a ver o Brasil como uma importante alternativa.

A China importou cerca de 43,55 milhões de toneladas apenas nos primeiros sete meses deste ano. Um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.

Agronegócio Brasileiro

Com a volta tarifária das commodities americanas para outros países e possível contra-tarifa da China, o produto brasileiro torna-se mais atrativo para o mercado internacional.

Uma vez que a desvalorização do real frente ao dólar aliado às tarifas, mostra um cenário de vantagens competitivas para o Brasil.

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