O recurso vem do Tesouro Nacional mesclando recursos públicos e privados.
Governo federal prepara oferta de R$8 milhões para conversão de pasto degradado em área agricultável. A linha de crédito para o PNCPD, deverá ter uma taxa de juros de 6,5% ao ano, segundo o Globo rural.
O recurso para linha de crédito, vem da EcoInvest, no programa “blended finance” do Tesouro Nacional que mescla recursos públicos e privados. Este programa incentiva projetos sustentáveis e ecológicos em diferentes áreas do mercado.
A expansão agrícola no Brasil é um cenário de muitos desafios e intervenções. As condições climáticas têm sido pauta há alguns anos e ainda mais, em 2024 em que o El Niño e o La Niña tem feito parte da rotina dos brasileiros.
Além disso, o desmatamento para a expansão de território agricultável tem chamado a atenção de pesquisadores. No Matopiba, a extensão e transformação de vegetação nativa para área agricultável tem gerado secas prolongadas.
Decreto para expansão agrícola
Em 2023, o governo federal lançou um decreto com o objetivo de fomentar a expansão agrícola em áreas de pasto degradado. Com isso, o objetivo é de que 40 milhões de hectares sejam convertidos em áreas agricultáveis em 10 anos.
O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), busca recuperar áreas de baixa produtividade. Além disso, fomenta o aumento na produção de grãos e alimentos sem desmatamento.
Com isso, as áreas de vegetação nativa não devem sofrer danos e/ou prejuízos, e como consequência, não irão interferir nas mudanças climáticas, mantendo o Brasil como líder em produção e exportação de grãos.
Dos 159 milhões de hectares do território nacional, 18,5% estão ocupados por pastagens. Destes 78% estão sob degradação em níveis intermediários e severos.
A exportação de produtos agrícolas livres de desmatamento exigida pelo Reino Unido, também será favorecida pelo decreto. Uma vez que apesar dos investimentos na expansão, o retorno esperado pelo governo federal é de R$80 para cada real investido.
Sem contar na continuidade da comercialização dos grãos no mercado internacional. Segundo a Agência Gov, esse retorno econômico será causado pelo aumento da produtividade, redução da degradação do solo e acúmulo de carbono.