Fundo global para a transição energética e o Agronegócio

Serão necessários investimentos de US$ 1,3 trilhão em fornecimento de energias de baixo carbono até 2050

Que as condições climáticas estão afetando as produtividades agrícolas, não é novidade para o mercado do agronegócio. Mas como mudar esse cenário e garantir a continuidade da alta produção, é a dúvida que fica.

Das energias consumidas no Brasil, mais de 50% correspondem às geradas por hidrelétricas, como Itaipu e Belo Monte. Abaixo desta, encontram-se a energia eólica, gás natural, biomassa, energia solar, petróleo, carvão mineral e energia nuclear.

Segundo o Planeta Campo, aproximadamente 40% da energia gerada no Brasil são de fontes alternativas. 30% vindas de energia solar e 10% de energia eólica.

As energias renováveis tem a responsabilidade de garantir sustentabilidade, uma energia limpa e uma economia verde ao País.

Pensando nisso, o Brasil quer levantar uma proposta de fundo global para a transição energética, reduzindo assim, as emissões de carbono e na tentativa de “equilibrar” as mudanças climáticas.

Transição energética Agronegócio

Um estudo do Observatório do Clima, apontou que as cadeias alimentares corresponderam a 74% da emissão de gases do efeito estufa em 2021. A pecuária e o uso de insumos químicos são os principais responsáveis pelas emissões no Brasil.

Para mitigar os efeitos dessas emissões são necessárias alterações no decorrer de todo o processo produtivo, como aumento do uso de bioinsumos, adubação verde, rotação de culturas, entre outros.

Benefícios do fundo global para o agronegócio

Falando no território brasileiro, o fundo global seria um forte incentivo tecnológico, uma vez que daria a liderança na transição para uma economia de baixo carbono.

O Brasil, por seus recursos naturais, tem um forte potencial na transição energética. Para essa liderança global na descarbonização, serão necessários investimentos de US$ 1,3 trilhão em fornecimento de energias de baixo carbono até 2050, segundo o estudo realizado pela BloombergNEF.

Neste cenário, são cerca de US$50 bilhões de investimentos por ano, contando de 2024 até 2050. Um investimento global nesta transição daria o incentivo necessário para o desenvolvimento tecnológico do País e o impulsionamento de um agronegócio mais forte e sustentável.

Com o foco inicial em energia solar e eólica, a agropecuária se torna um mercado atraente para investimentos. Para se ter um exemplo, apenas em Minas Gerais são cerca de 558mil hectares irrigados por pivôs e aproximadamente 9mil pivôs com custos operacionais de cerca de R$585 milhões por ano no estado.

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