O período recomendado para semeadura do cereal é de 3 meses, de setembro a novembro
O atraso no plantio e o desenvolvimento da safra 2023/24 foram os desafios encontrados pelos produtores. Além disso, são o reflexo das condições climáticas em desequilíbrio. Especialmente no Rio Grande do Sul, em que o El Niño trouxe as enchentes, a recuperação segue sendo abalada pelo mesmo fator.
As fortes e prolongadas chuvas afetam o início da semeadura do arroz no estado. Já que o período recomendado para semeadura do cereal é de 3 meses, de setembro a novembro.
Atualmente a semeadura já realizada é de 9,54% da área projetada para 2024/25. São esperados cerca de 948,4 mil hectares, pelo Irga, apenas 90,5 mil hectares foram semeados até o momento.
Grande parte do cereal cultivado no Rio Grande do Sul é por irrigação, o que representa uma necessidade expansiva de água. O estado também é responsável por 70% da produção nacional de arroz, ou seja, o estado que mais sofreu com as adversidades climáticas, é também o maior produtor.
A safra 2023/24, teve uma queda de aproximadamente 6% na produção comparada ao ano anterior. Isso porque o El Niño trouxe pouca luminosidade e muita chuva para a lavoura, fatores cruciais para o bom desenvolvimento da cultura.
Com o atraso no plantio, o cereal terá consequente prejuízo na etapa produtiva, uma vez que a luminosidade estará diferente devido ao mês sequente não apresentar entrega igual a Janeiro.
Um ponto relevante para esta safra 2024/25 é o efeito La Niña que projeta maior luminosidade estendendo a expectativa para maior produtividade, também na lavoura.
Recuperação após atraso no plantio
A recuperação do solo ainda é um desafio para o produtor, seja do plantio de arroz ou de soja. O escoamento ainda está prejudicado, em dias de chuva o alagamento é muito mais provável, do que antes.
Caso as chuvas não cessem e o clima não apresente uma janela, o plantio será ainda mais prejudicado.