Blockchain, uma ferramenta que permite a auditoria e integridade dos dados do grão.
A indústria Arrozeira Pelotas lançou no início do mês o primeiro lote de arroz rastreado do Brasil, usando uma tecnologia da Embrapa. Esta tecnologia utiliza Blockchain, uma ferramenta que permite a auditoria e integridade dos dados do grão.
Utilizando o Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), a indústria consegue agregar valor para o produto e tornar seu negócio mais competitivo no mercado.
Além de garantir a qualidade e a segurança, exige também certo controle interno na produção dos grãos. Já que a tecnologia é protegida por blockchain, tendo todos os processos da cadeia produtiva informados na ferramenta.
Este primeiro lote teve como primeiro destino o Distrito Federal. Em seguida, direcionado para estados do sul, norte e centro-oeste do País, conforme informações divulgadas no lançamento da tecnologia em Esteio (RS).
Blockchain e tecnologias de controle de qualidade
O blockchain é um mecanismo de banco de dados que permite o compartilhamento de informações de forma transparente na rede de uma empresa.
Esta ferramenta não permite alterações e/ou exclusões de dados já inseridos na rede. Assim como, inclusões de informações não autorizadas. Ou seja, garante dados cronológicos e seguros para rastreabilidade eficiente do produto.
Outra tecnologia já utilizada é o rastreamento de cana pela Raízen, desde 2008. Todos os produtos moídos pela indústria são rastreados desde a fazenda da qual as canas são colhidas até o destino final. Oferecendo dados que asseguram que os produtos não vêm de terras com desmatamento ilegal.
Esse rastreamento, além de garantir conformidade com os padrões regulamentados de segurança e qualidade, também melhoram a cadeia produtiva. Além disso, protege contra fraudes, incentivando práticas produtivas mais sustentáveis e garantindo segurança alimentar.
Segurança para o produtor e para o consumidor
A certificação de origem também é importante para impulsionar esse cenário. Com ela, além de garantir segurança de produção e comercialização do produto e confiança do consumidor, também garante reconhecimento do mercado atuando como coadjuvante na valorização do produto.
Os produtos comercializados com Indicação Geográfica, podem ter crescimento de até 50% no valor, conforme o gestor estadual de Indicação Geográfica do Sebrae RS.
Em um mundo em que os consumidores estão cada vez mais atentos ao processo produtivo e origem dos alimentos que consomem, a rastreabilidade, certificação e iniciativas sustentáveis passam a ter mais valor e credibilidade no mercado.