Governo federal disponibiliza crédito extraordinário no montante de R$1,97 bilhão
No primeiro semestre de 2024 o Brasil vivenciou perdas significativas para o agronegócio brasileiro com as fortes enchentes no sul do País. Foram 94,77% das cidades do estado prejudicadas pela catástrofe.
São 9.139.968 de áreas plantadas, segundo dados da EEmovel Agro, no estado que é um dos maiores produtores de grãos do País. O estado também é o maior produtor de arroz do Brasil.
O último levantamento do Emater/RS-Ascar apontou cerca de 7 milhões de toneladas do grão, número responsável por cerca de 70% da produção nacional.
Cultura do arroz: Realidade e projeções
A diretora técnica no Irga, apresentou dados finais da safra 2023/24 de arroz do Rio Grande do Sul, na coletiva que aconteceu na Expointer esta semana. Segundo a diretora, foram 900.203 hectares semeados com produção total de 7.198.527 toneladas.
No entanto, com a realidade de um cenário ainda em recuperação, foram totalizados, em área perdida, 46.991 hectares, cerca de 5,22% da área total.
Para a safra 2024/25 são projetados crescimento em áreas e produção para o grão. Portanto, são esperados um crescimento de 5,3%, representados por 948 mil hectares, sendo 48.153 hectares a mais do que na safra anterior.
Fronteira Oeste, Campanha, Zona Sul, PCI (Planície Costeira Interna) e Central são as regiões em que há projeção de aumento de hectares para a produção do grão representando recuperação na região. Apenas PCE (Planície Costeira Externa) terá um declínio de 0,6%.
No total, a Emater-RS estimou aumento de 35,07 milhões de toneladas de grãos de verão, neste pacote estão incluídos arroz, feijão 1ª safra, milho e soja, cerca de 16,91% a mais em relação à safra anterior.
Créditos extraordinários para recuperação
Flávia Tomita, diretora técnica do Irga, revelou que propriedades com menos de 100 hectares, totalizando 42 mil hectares, foram atingidos.
Dessa forma, o levantamento detalhado junto aos produtores apresentou prejuízo de R$ 82 milhões apenas em perdas nas lavouras, sendo R$36 milhões perdas de bens, como maquinário.
Na semana passada (22), o governo federal disponibilizou crédito extraordinário no montante de R$1,97 bilhão para operações comerciais. O intuito é de que o valor seja destinado a liquidação e renegociação de crédito para investimento, custeio e industrialização.
Apenas as cidades que tiveram decretos de calamidade pública e situação emergencial serão beneficiados pelo crédito. Além disso, o crédito é ativo para produtores que tiveram 30% ou mais de perdas, com parcelas fechadas até 15 de abril de 2024 e vencimentos de 1º de maio a 31 de dezembro de 2024, segundo a Exame.