O objetivo é reduzir as importações de fertilizantes e de Picoxistrobina para eliminar a dependência externa.
Até 2050 o objetivo do Plano Nacional de Fertilizante (PNF), é de que a importação de fertilizantes caia para 50%, aumentando a produção interna. Isso porque a instabilidade nos preços desses insumos prejudica o produtor rural.
A meta é que a dependência externa do País possa ser reduzida. Já que o insumo é fundamental para a segurança alimentar e o Brasil necessita de fertilizantes apropriados para o ambiente de produção tropical.
Segundo José Carlos Polidoro, assessor da Secretaria Executiva do MAPA, até 2030 seriam cerca de R$45 bilhões e até 2050, cerca de R$150 bilhões de investimentos no setor, dentro dos projetos do plano.
Enquanto isso, representantes de indústrias nacionais de fabricação de defensivos agrícolas requerem a taxação, de 0% para 14%, segundo o Notícias Agrícolas, das importações da Picoxistrobina, almejando o crescimento do mercado interno, segundo o presidente da Abramilho.
Essa substância é importante para a produção de diferentes culturas no Brasil, como soja, milho, trigo e algodão, auxiliando no manejo de conhecidas doenças fúngicas no Brasil.
Atualmente, a importação dos defensivos e fertilizantes agrícolas gira em torno de 74% e 87%, respectivamente, do total dos insumos que o Brasil consome. Índices que ainda representam uma baixa produção interna.
O pico de importações desse mercado aconteceu em 2022, quando as compras de defensivos agrícolas chegaram a U$15 bilhões e de fertilizantes a U$25 bilhões.
Picoxistrobina
A preocupação é de que com as taxas de importação, ao invés de tornar a agricultura brasileira mais competitiva, acabe desacelerando o mercado e impacte no custeio de toda a cadeia produtiva.
Uma vez que com os custos de produção maiores do que os praticados atualmente, o consumo interno terá tributos maiores para venda ao consumidor. E consequentemente, o custo comercial no mercado internacional com a exportação desses produtos sofrerá aumento.
Fertilizantes
Entre os projetos do Plano Nacional de Fertilizantes, está a criação do chamado Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CEFENP). Uma espécie de Embrapa focada no setor industrial e mercadológico que deve começar suas operações em 2025.
Este centro, será responsável por reduzir as importações de fertilizantes químicos, aumentar a produção com bioinsumos e insumos adequados para solos tropicais. No Plano, serão 27 metas e 168 ações para incentivar o investimento no ambiente de defensivos agrícolas.
O objetivo é que a tecnologia possa atuar no campo e na indústria melhorando o desempenho desses insumos e reduzindo a dependência de mercados externos.
Cenário 2024
Este cenário deve mudar em 2024 e a expectativa é de que nos próximos anos, com o aumento na demanda agrícola global, com maior produção e áreas cultivadas, o Brasil aumentará a produção no mercado interno fornecendo insumos não apenas para o País, como também para o mercado internacional.