Com instabilidades climáticas e políticas, apesar do aumento na produção da soja, os preços devem permanecer estáveis até o final de 2024
Após um ano e meio a soja apresentou, até o momento, leve recuperação dos preços, desde o início de 2023. Neste período, no mercado interno e externo, a soja teve uma queda expressiva. Foram totalizadas quedas em torno de 33% até Maio de 2024 e cerca de R$7/saca a menos, em julho, do que o preço já comercializado, segundo o Notícias Agrícolas.
Por enquanto, a saca da soja está variando entre R$117 a R$134,50, segundo o Canal Rural, considerando os valores de oito estados brasileiros. Essa queda significativa é reflexo da desvalorização do dólar, possível atraso no plantio nos EUA e redução dos fundos de investimento.
A singela recuperação da oleaginosa se deu pela queda do dólar frente ao real. Visto que um mercado mais competitivo se abriu, para a commodity brasileira no mercado internacional. O que também valoriza o mercado interno, uma vez que os preços se elevam com o real em alta. Outro aspecto importante é a expectativa para aumento na produção da soja, e os prêmios portuários para a commodity.
Produção da soja
A estimativa da Abiove até maio, é que a produção de soja alcance a marca de 153,2 milhões de toneladas, ou seja, 700 mil toneladas acima do último levantamento.
Esse aumento é entendido pela melhor rentabilidade da oleaginosa frente a outras commodities, como o milho. Além disso, com o aumento dos estoques em todo o mundo a demanda é consequentemente maior. Dessa forma, a exportação permanece aquecida com um embarque diário de 22% a mais que no ano anterior, segundo a Secex.
Um fator importante para o mercado da soja, foi a autorização da ANP para comercialização de combustível marítimo com até 24% de biodiesel. O que pode apresentar um aumento significativo na demanda interna por óleo de soja e contribuir com os prêmios a médio prazo.
Um leve fôlego e possível estabilidade, em torno de U$11 por bushel no ano de 2024, segundo o Globo Rural, para a comercialização da commodity que não tem previsões de aumento nos preços.
