A preservação ambiental e o equilíbrio climático são o seguro do agronegócio e garantia da segurança alimentar mundial.
A preservação ambiental no agronegócio é fundamental para a continuidade do setor. Com uma área de 851 milhões de hectares, no ano de 2023, o Brasil registrou cerca de 282,5 milhões de hectares ocupados pela agropecuária. Destes, apenas 8,2 milhões são equipados para irrigação, segundo dados do Atlas da Irrigação.
São cobertos por vegetação nativa 518,5 milhões de hectares, o equivalente a 61%, segundo dados da ABAGRP.
Neste ponto, o Atlas Irrigação levantou que a área irrigada poderia corresponder a 55 milhões de hectares. Ou seja, apresentaria um déficit de cerca de 85% entre a área com esse mecanismo e os hectares que tem capacidade para tal.
Um aspecto latente nos últimos anos, é a condição climática que vem se tornando mais intensa a cada ano. Sobre essa perspectiva, mais da metade das áreas cultivadas dependem, hoje, do clima. O que interfere diretamente na qualidade do solo, nas chuvas, no ciclo de vida das culturas de plantio do País. E ainda, na produtividade dos grãos e animais.
E é nesse sentido que o agronegócio sujeita-se ao desmatamento. Ou melhor, a preservação ambiental. Afinal a produção agropecuária e a segurança alimentar global dependem de aspectos climáticos para importação e exportação.
Por enquanto, a vegetação nativa, por corresponder a maior taxa de área preservada, é o seguro do agronegócio brasileiro.
A preservação ambiental garante um mercado crescente de irrigação
A partir de dados mapeados pela EEmovel Agro, apenas as irrigações por pivô alcançam cerca de 1,8 milhões de hectares. Dado que revela oportunidades para o setor, tanto em maquinários, implementos, quanto em sistemas de automação.
Além, é claro, do setor de bioinsumos e a abertura para novas culturas de plantio, mais resistentes, assumirem hectares no País.
Em 2023 a população mundial cresceu 0,95%, o equivalente a 75 milhões de pessoas, batendo em 2024 mais de 8 bilhões. Dessa forma, estima-se que haja aumento na demanda de alimentos em cerca de 60% e de água, em 40%, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
Por isso, torna-se mais necessário olhar para a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que exige-se aumento da produtividade sem comprometer a conservação de florestas e a disponibilidade da água.
O agronegócio brasileiro precisa de preservação ambiental para ter papel fundamental na segurança alimentar mundial.