Estoque de grãos gera inflação e deflação nos preços das commodities
A busca por segurança alimentar pode encontrar falhas no processo devido aos desafios que países de todo o mundo têm encontrado no estoque de grãos. Alta produção, alta importação, baixa exportação e escoamento e armazenagem de grãos são fatores importantes para o setor.
Os reflexos da pandemia, em 2020, ainda assombram o mercado mundial e fazem com que países de todo o mundo queiram aumentar seus estoques de grãos para garantir uma segurança alimentar para a população, com receio de que novas crises globais venham a ocorrer.
A Noruega informou na semana passada que está construindo estoques de trigo para ter reserva suficiente para moagem em três meses até 2029. Os EUA também apresentaram dados trimestrais de soja, milho e trigo com taxas de estoque elevadas. O maior produtor de arroz, a Índia, segurou as exportações do grão no ano de 2023 com a mesma justificativa: segurança alimentar da população.
Com condições climáticas ocasionando quebras em safras em todo mundo, a atenção se volta para o preço das commodities que recebem interferência direta gerando inflação e deflação.
Além disso, podemos destacar tensões geopolíticas como grandes influências para os preços das commodities. No primeiro semestre de 2024, foram registradas quedas até meados de abril. Houve então, leve recuperação dos preços, devido às quebras de safras da Europa, segundo o Money Times.
Avaliando pela perspectiva de reserva, essa tendência tem um alto custo para os países, além de uma expectativa de vida dos grãos não serem de longos prazos.
Brasil: sem elevação de estoque de grãos
No Brasil essa tendência ainda não é uma realidade. Pelo fato de que manter estoques de grãos altos reservados possui um custo elevado. Outro ponto também são as produções em grande escala.
No País as produções de alimentos estão batendo recordes, fator que não permite um impacto grotesco. No entanto, a logística é um aspecto de importante atenção. Já que com um déficit no investimento em infraestrutura de transporte nos últimos anos, o investimento precisa ser maior e se recuperar. Incentivo que vem aos poucos de políticas públicas para o setor.
O investimento no projeto Ferrogrão tem sido a saída para logística de estados brasileiros com defasagem de infraestrutura rodoviária. Com o intuito de otimizar o tempo de deslocamento e também o custo, que terá uma queda de 30 a 40%, segundo o Canal Rural, o governo busca melhorar o escoamento de grãos, projetando expansão equilibrada a produção de culturas.
