Brasil é considerado protagonista mundial na comercialização de insumos agrícolas de origem biológica
Soja, milho e cana-de-açúcar são as principais culturas do Brasil que utilizam bioinsumos no plantio das safras. Apenas no ano de 2023 essa indústria arrecadou cerca de R$5 Bilhões na safra 2023/24, segundo dados da CropLife Brasil.
A crescente adesão da agricultura por produtos de origem biológica, reforça a preocupação com o solo e com os alimentos que chegam até o consumidor final. Tudo isso, além de agregar na segurança alimentar, também é um ótimo setor para a economia brasileira.
Os bioinsumos podem ser divididos em 6 produtos principais. Entre eles: biofertilizantes, inoculantes, promotores de crescimento de plantas, produtos para nutrição animal e vegetal, defensivos biológicos e produtos fitoterápicos.
No Brasil, alguns estados se destacam no uso de bioinsumos e revelam grandes percentuais do valor total do mercado. Como é o caso do Mato Grosso que ocupa 33,4% do total. Assim como, Goiás e Distrito Federal com 13%.
Agroecologia e produção orgânica
Duas vertentes muito importantes pautadas na sustentabilidade, direta e indiretamente, são a agroecologia focada na operação total. Ou seja, na qualidade e saúde do solo para além do uso de agrotóxicos.
E também, a agricultura orgânica que tem seu norte focado na produção, no plantio e cuidado durante a safra. Buscando, dessa forma, insumos orgânicos para uma produção mais sustentável e saudável.
Este mercado abre novas oportunidades de investimento para o setor. Visto que nos últimos três anos teve um crescimento, em média, de 21% anuais. Sendo quatro vezes maior do que a média global, afirma o diretor-presidente da Croplife Brasil.
Mercado global de bioinsumos
A nível mundial, os bioinsumos contemplaram uma média de U$13 a U$15 Bilhões em 2023, segundo a Croplife Brasil. Apresentando-se, um mercado promissor não apenas internamente, mas também internacionalmente.
Certamente alguns desafios devem ser considerados. Como o clima que influencia diretamente na atividade e nos bons resultados desses produtos orgânicos. Assim como, o custo de produção, já que necessita de maior investimento na fertilidade do solo, no manejo, no cuidado com pragas e doenças. E claro, falta de legislações para esse mercado.
No entanto, são produtos com alta rentabilidade a longo prazo, agregação de valor no produto para o consumidor final, crescimento de demanda, baixa oferta e incentivo de políticas públicas, falando no Brasil.
Um mercado com grande potencial de destaque para revenda de insumos e implementos, máquinas agrícolas, cooperativas de crédito e rurais e por fim, defensivos agrícolas.